Esse é um tema muito polêmico entre os jogadores de buraco. Existem os que defendem que a habilidade prevalece, enquanto existem aqueles que acreditam puramente na sorte. Vamos pensar e cada um que tire suas conclusões. A priori, é importante conhecer as regras do jogo, além das regras locais(jogar com um morto, dois mortos, punições pra jogos errados, batidas erradas e etc...). Isso feito, existe a dinâmica do jogo. Arriar jogos ou não, encartar ou não, lixar ou não. Até agora, reparem que nada disso envolve a sorte, mas sim ações. Na sua vez de jogar, em condições normais, sempre há opção de comprar no monte ou de pegar o lixo. O que está na mesa é visível, enquanto a carta do monte é uma incógnita. Todas as vezes que compro no lixo dependo exclusivamente da minha habilidade pra manipular essas cartas, mas todas as vezes que vou ao monte dependo da sorte por não saber(às vezes é possível deduzir pela cor do fundo da carta) o que vem.
Após muitos anos de prática e observação, digo que a sorte reside na distribuição das cartas no inicio da partida, nas compradas no monte e em algumas cartas que caem no lixo. Agora, a manipulação das cartas na mão, memorização do que cai na mesa e de quem pegou, assim como o encarte, ou o arriamento de cartas, nada tem a ver com a sorte, mas sim com a habilidade.
O descarte, quando é feito às cegas, ou seja, quando o adversário não pegou as cartas na mesa, é uma questão de sorte(pra quem desce o jogo) ou azar(pra quem deu a carta). Agora, uma vez que o adversário pega as cartas na mesa, esse descarte não tem a ver com a sorte ou azar, mas sim com a habilidade.
O acaso está diretamente ligado ao que eu não vejo, aquilo que não posso deduzir. Agora, o que eu vejo, escolho e manipulo cai na conta da habilidade.
Conclusão: a habilidade e a sorte caminham juntas no jogo de buraco. Agora, comprar no monte ou comprar no lixo são ações que dependem apenas da sua escolha. O que vai acontecer após a decisão tomada é outra história, mas lembre-se sempre que é você quem está no comando.
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